quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

sobre ela e cortinas

já fui assim, como a sua janela
de dia sorria, me abria pro sol
de noite chorava, fechava pro mundo
quando calor, respirava pra dentro
com muito vento, soprava pra fora
agora sou simples, de cortinas velhas
vivo trancada, em um lado da sala
se a brisa chama, rejeito atenção
se o ar é quente, me escoro em paredes
quando cansada, me aproximo do teto
no escuro, ilumino sem velas
em dias chuvosos, nao molho o sófa
em climas bons, abafo o recinto
se batem no vidro, silencio, não escuto
quando gritam por mim... me isolo, sem som
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