segunda-feira, 17 de setembro de 2007

apossam-se da poesia,
como cupins da minha porta.
nao envergonham-se...
de apenas demonstrar,
e jamais sentir.
exibem nossas palavras...
como blusas listradas,
com os quais se olham ao espelho.
nos seus perfis:
palavras, frases, oraçoes...
oraçoes de fé,
oraçoes de amor,
oraçoes de vida,
que nao conseguiriam entender,
ainda que lhes ensinassemos a ler.
deixem-nos em paz...
parasitas da arte.
misturam o lirismo...
com algo aquem...
de samba e melodia.
deixem-nos em paz...
recitantes de meio-dia.
para ver minha eucaristia,
tem de ser sofredor,
e poeta durante todo o dia,
sou um soneto de desamor.
me deixem! "bruxas" de poesia.


m.l.l.g.a

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