Na floresta dos sonhos, dia a dia,
Se interna meu dorido pensamento.
Nas regiões do vago esquecimento
Me conduz, passo a passo, a phantasia.
Atravesso, no escuro, a nevoa fria
D'um mundo estranho, que povôa o vento,
E meu queixoso e incerto sentimento
Só das visões da noite se confia.
Que mysticos desejos me enlouquecem?
Do Nirvâna os abysmos apparecem,
A meus olhos, na muda immensidade!
N'esta viagem pelo ermo espaço,S
ó busco o teu encontro e o teu abraço,
Morte! irman do Amor e da Verdade!
antero de quental
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
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