antes
já havia os indios,
tristes.
chegaram os portugueses,
tristes.
que trouxeram tambem
os negros,
tristes.
anos depois
desembarcaram os alemães,
tristes.
os italianos,
tristes.
e os japoneses,
tristes.
assim formou-se o povo,
triste.
meu pai
é triste.
minha mae
é igualmente triste.
eu nao estou
e nunca estarei
eu sou
.
.
triste.
.
.
.
.
.
.
já havia os indios,
tristes.
chegaram os portugueses,
tristes.
que trouxeram tambem
os negros,
tristes.
anos depois
desembarcaram os alemães,
tristes.
os italianos,
tristes.
e os japoneses,
tristes.
assim formou-se o povo,
triste.
meu pai
é triste.
minha mae
é igualmente triste.
eu nao estou
e nunca estarei
eu sou
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triste.
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2 comentários:
"fiz uma poeisa no sabado. estava triste. mas é feio ficar triste sozinho. entao imaginei que todos eram tristes como eu. minha mae. meu pai. o povo. os japoneses. os italianos. os alemaes. os escravos. os portugueses. e os indios. somos tristes. nao estamos triste sozinhos. pelo menos assim eu acho que nao me chamam de egoista. ficar triste sozinho é socialmente inaceitavel."
fudido.
me lembrou uma do velho itabirano:
"Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e
comunicação."
Drummond
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