terça-feira, 15 de abril de 2008

sem titulo

Cada gota que toca
me arrepia e exila no peito
só um lamento:
que enterra às milhares
os soluços que confundem o trovao;
a sensaçao fria escorrida pela pele;
os poros molhados
encerrados por gota a gota.
Uma a uma
se desprendem do céu escuro,
(com falta da luz
e sonhos que nao iluminam)
e na escuridao se perdem como na tempestade.
Uma a uma,
gota a gota
se desenrolam do rosto
ate o chao.
Do ceu ate a minha mão
incapaz de me proteger do frio,
dessa tristeza, da infelicidade.
Cada por si toma um caminho.
Sem pedir me tocam,
me prendem, me tomam.
No final me torno uma incapaz.
Invejo ser só mais uma
que se enlaça com outra,
e desenrola dos meus olhos
mais um caminho sem esperança,
ate sentir o gosto de chuva na boca,
uma a uma.
Gota a gota
o salgado confunde o doce,
as minhas com as outras,
minhas pobres lagrimas
com a solidao das gotas.

segunda chuvosa depois de um final de semana onde se cantou a tristeza.
pri. dos santos

Um comentário:

Anônimo disse...

"chora...disfarça e chora."(cartola)